Segundo uma personagem bem conhecida de desenho animado, “família quer dizer nunca abandonar ou esquecer”.
Mas para o deputado Anderson Ferreira, do PR de Pernambuco, família quer dizer “união entre homem e mulher por meio de casamento ou união estável ou comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes”. E essa pode ser a definição oficial do governo se a PL 6583/13, que institui o Estatuto da Família, for aprovada.
O projeto inclui ações para segurança, saúde e educação, nada muito diferente do que o previsto na constituição brasileira. Além disso, cria o Dia Nacional de Valorização da Família, uma matéria no currículo escolar chamada “educação para a família” e também o Conselho da Família, nas esferas municipais, estaduais e federal. Esse conselho será responsável por encaminhar qualquer coisa que afronte os direitos da família.
Tirando a criação desse novo cabide de empregos nesses conselhos, a proposta é até bacana. O problema é a definição de família que se encontra há muito desatualizada. Família não pode mais ser definida como união entre homem e mulher.
Existem famílias constituídas por avós e netos, sobrinhos, pessoas que se divorciaram e casais homoafetivos. Ao defender apenas a união entre homem e mulher como família, a proposta se torna claramente preconceituosa e segue na contramão da decisão do Supremo Tribunal Federal, que garantiu o direito dos homossexuais ao casamento. o que é família
Mesmo com todas essas constatações e argumentos, em uma enquete organizada pela câmara e que conta com quase 5 milhões de votos, o conceito de família que a maioria dos votantes apoia, é o de homem e mulher.
Vivemos em um país que quer proibir que famílias tenham o direito de serem chamadas de famílias.
Pois eu fico com a definição da Lilo. Ohana!
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