A data mais importante na vida de um casal que decidiu ficar junto é a da formalização do relacionamento. Seja com registro em cartório, seja apenas verbalmente, as bodas são aquele momento em que os dois se apresentam ao mundo como casal.
Chamada também de boda, a celebração do casamento tem sua origem no termo promessa, que em latim seria “vota” [no plural, “votum”]. Como se refere aos votos matrimoniais, e isso diz respeito a duas pessoas, a palavra é usada a maioria das vezes no plural.
A tradição da comemoração das bodas, remonta à Alemanha medieval, onde em pequenos povoados, os casais que completavam 25 e 50 anos de união eram presenteados por amigos e vizinhos com coroas, que parabenizavam o casal e desejava boa sorte, além de reforçar o desejo que continuassem juntos por muito tempo. Aos 25, a coroa era de prata e aos 50, de ouro.
Com o passar dos anos, a tradição alemã expandiu esses presentes para outros estágios da vida de casado, trazendo novas simbologias e materiais.
Hoje temos bodas do primeiro ano de casado ao centésimo. Da fragilidade do papel até a raríssima longevidade do jequitibá, diversos conceitos são apresentados em cada ano.
O primeiro registro de materiais dessa comemoração anual, data de 1937 e foi criado pela Associação Americana dos Joalheiros por motivos comerciais. Contemplava ano a ano até a vigésima quinta boda e depois seguia de cinco em cinco até a nonagésima. Desde então, o modelo mais utilizado é o estadunidense, mas existem variações.
1 ano – Bodas de Papel
As possibilidades que uma folha de papel em branco representa são inúmeras. Mesmo com a fragilidade do material, pode-se escrever ou desenhar a história mais bonita. Essas primeiras bodas significam isso, um mundo desconhecido e cheio de possibilidades.
2 anos – de Algodão
3 anos – de Couro ou Trigo
4 anos – de Flores e Frutas
5 anos – de Madeira ou Ferro
6 anos – de Açúcar ou Perfume
7 anos – de Latão ou Lã
8 anos – de Papoula ou Barro [ou Bronze nos Estados Unidos]
9 anos – de Cerâmica ou Vime
10 anos – Bodas de Estanho ou Zinco
Algumas fontes, denominam essa boda com o estanho. Outras com o zinco. Ambos os metais são conhecidos por serem resistentes à corrosão, sendo usados juntamente com o aço para galvanização. Ou seja, para chegar até aqui, precisa-se cuidado e resistência aos problemas.
11 anos – de Aço
12 anos – de Seda ou Ônix
13 anos – de Linho ou renda
14 anos – de Marfim
15 anos – de Cristal
16 anos – de Turmalina
17 anos – de Rosa
18 anos – de Turquesa
19 anos – de Cretone ou Água-Marinha
20 anos – de Porcelana
21 anos – de Zircão
22 anos – de Louça
23 anos – de Palha
24 anos – de Opala
25 anos – Bodas de Prata
Como já contado acima, a mais antiga boda comemorada, a prata é um material precioso que foi base da economia romana e medieval. Simboliza a força e a preciosidade da relação.
26 anos – de Alexandrita
27 anos – de Crisopázio
28 anos – de Hematita
29 anos – de Erva
30 anos – de Pérola
31 anos – de Nácar
32 anos – de Pinho
33 anos – de Crizopala
34 anos – de Oliveira
35 anos – de Coral ou Jade
36 anos – de Cedro
37 anos – de Aventurina
38 anos – de Carvalho
39 anos – de Mármore
40 anos – Bodas de Rubi
41 anos – de Seda
42 anos – de Prata dourada
43 anos – de Azeviche
44 anos – de Carbonato
45 anos – de Safira ou Platina
46 anos – de Alabastro
47 anos – de Jaspe
48 anos – de Granito
49 anos – de Heliotrópio
50 anos – Bodas de Bodas de Ouro
Metal conhecido por seu alto valor e beleza, o brilho e as qualidades do ouro fazem dele um material valioso, assim como um amor que chegou aos 50 anos.
51 anos – de Bronze
52 anos – de Argila
53 anos – de Antimônio
54 anos – de Níquel
55 anos – de Ametista ou Esmeralda
56 anos – de Malaquita
57 anos – de Lápis-lazúli
58 anos – de Vidro
59 anos – de Cereja
60 anos – Bodas de Diamante
Os diamantes são eternos. Chegar aos 60 anos de um casamento é provar que existe eternidade na felicidade de uma relação a dois.
61 anos – de Cobre
62 anos – de Alecrim ou Telurita
63 anos – de Sândalo ou Lilás
64 anos – de Fabulita
65 anos – de Bodas de Ferro
66 anos – de Ébano
67 anos – de Neve
68 anos – de Chumbo
69 anos – de Mercúrio
70 anos – Bodas de Vinho
71 anos – de Zinco
72 anos – de Aveia
73 anos – de Manjerona
74 anos – de Macieira
75 anos – de Brilhante ou Alabastro
76 anos – de Cipreste
77 anos – de Alfazema
78 anos – de Benjoim
79 anos – de Café
80 anos – de Nogueira ou Carvalho
81 anos – de Cacau
82 anos – de Cravo
83 anos – de Begônia
84 anos – de Crisântemo
85 anos – de Girassol
86 anos – de Hortênsia
87 anos – de Nogueira
88 anos – de Pêra
89 anos – de Figueira
90 anos – de Álamo
91 anos – de Pinheiro
92 anos – de Salgueiro
93 anos – de Imbuia
94 anos – de Palmeira
95 anos – de Sândalo
96 anos – de Oliveira
97 anos – de Abeto
98 anos – de Pinheiro
99 anos – de Salgueiro
100 anos – Bodas de Jequitibá
Árvore nativa da mata-atlântica brasileira, alguns jequitibás tem mais de 3.000 anos de vida. Chegar aos 100 anos de casado é raro, e nada como uma árvore forte e longeva para representar esse tempo de amor.
Se prestou atenção na lista acima, mais utilizada no Brasil, alguns materiais se repetem e o conceito às vezes se perde, com materiais menos raros e duradouros depois de joias como o diamante. Na minha opinião, a repetição do Pinheiro [92 e 98] e Salgueiro [93 e 99] é algo muito absurdo, mas não existe registro de outros materiais para essas comemorações.
Outros países também não determinam um material para cada ano, e esse deve ser o motivo para o modelo brasileiro seguir com tantos erros, mas como a comemoração é o que importa, encontre sua boda e comemore muito.
Com a delicadeza do papel, o perfume das flores, a cor da prata ou o dourado de viver por 50 anos juntos, a festa é sua.
Fonte: Wikipedia