Cinderela é a personificação do conceito de princesa criado por Walt Disney.
Tudo na garota é extremo: um poço de bondade que soube superar como ninguém a perda da mãe e do pai, e ainda aceitou de bom grado se tornar a empregada doméstica da casa em que mora com suas meias irmãs egoístas e sua madrasta maldosa, que mais parecem sentir prazer em tratá-la mal.
A garota solitária, que na história da Disney tem nos ratos seus amigos, sonha com o dia que alguém vai salvá-la, e espera pacientemente por esse dia.
E bibbidi bobbidi boo! Em um passe de mágica esse dia chega.
Sua fada madrinha aparece, lhe dá um vestido, o príncipe-salvador se apaixona por ela e, depois de alguns minutos de tensão no desenho animado onde se procura pela dona do sapatinho perdido, eles vivem felizes para sempre.
A animação da Disney traz um retrato de seu ano de lançamento, 1950, onde as qualidades valorizadas em uma mulher eram ser boas donas de casa e submissas ao homem.
Mas aos olhos de hoje, a história da princesa que tem seu castelo como símbolo de um dos principais parques e estúdios do mundo, causa estranheza. Tanto que a própria imagem de princesa da Disney mudou, o que podemos ver com as histórias das últimas princesas como Tiana, Merida e Elsa.
Brincando um pouco com isso, Tanja Nagler [conhecida por interpretar a princesa nos vídeos do pessoal do AvByte e ter um canal onde vloga como Cinderela] fez uma versão musical para provar que tudo está errado com a história da princesa.
Habilite as legendas e se divirta com a canção: