Não sei se para todos, assim como eu, até a semana passada a questão de se tatuar um ponto e vírgula era desconhecida. Ok, qualquer um pode tatuar o que quiser e, nem eu, e nem você, temos nada com isso.
Mas na minha timeline de uma das redes sociais, surgiu um link com um artigo sobre a campanha que fizeram à pessoas que sofrem de depressão, problemas psicológicos ou deficiência mental. Esse movimento ficou marcado com a hashtag #ProjectSemicolon.
A galera começou a fazer tatuagem permanente ou temporária de “;” como justificativa que existe esperança. Assim como um escritor coloca um ponto e vírgula para declarar uma continuidade, a vida dos possíveis “doentes” também.
Só quem já passou ou passa por algo assim entende.
Não posso dizer no geral, mas depressão é caso sério. Antes eu dizia que era fraqueza. Hoje, posso afirmar.
Passei por uma crise que durou pouco mais de um ano e não é fácil. Mas só ficamos nela quando queremos. Tive que criar forças para voltar a me amar e tomar as atitudes certas para voltar a viver.
Não condeno quem se entrega… me entreguei inúmeras vezes, mas me permitia recomeçar. E mais ainda, aprendi a sair dessa sozinha.
Não contei a ninguém, não pedi ajuda a amigos e nem familiares, mas é de extrema importância fazer terapia. Assim eu me conheci. Entendi que estar bem comigo era mais importante que ser aceita pela sociedade. Aprendi que migalhas de um amor falso não me fazia bem. Aprendi que não me contento com coisas estáveis, eu gosto mesmo é de desafio.
Eis que voltei a viver e nem preciso de ponto e vírgula, mas tatuei outros desenhos pelo corpo.
Aplausos ao movimento! Tem todo o meu apoio.