Tenho muita preocupação com as minhas atitudes dentro de um relacionamento. Penso muito em como o outro irá se sentir e, principalmente, me coloco no lugar das pessoas quando preciso tomar alguma atitude. Isso é uma dádiva e ao mesmo tempo uma maldição.
Muitos dos meus conflitos internos vem daí, como dizia minha terapeuta: “Por pensar nos outros, crio a expectativa e espero que pensem em mim e nem sempre isso acontece”.
Mas a questão é que, em boca fechada não entra mosca. E, nem tudo o que acontece é necessário ser contado aos quatro ventos.
Imagine a cena: Churrasco de amigos de infância (um grupo de 8 a 10 caras), homens jogando bola e bebendo e as agregadas reunidas em volta da mesa fazendo o quê? Falando mal de seus companheiros.
Não sei você, mas não curto essa segregação em reuniões amigáveis. Não tenho muita paciência para as variadas futilidades femininas, mesmo sendo mulher e tendo minha porcentagem fútil. O papo sempre se resume a falar mal de alguém, casamento, filhos e moda, quando sobra tempo.
O papo começa com animais, pula para casamento e quando chega no momento de reclamar dos homens, fica ali até a hora do tchau.
Óbvio que sempre vamos nos afetar com comportamento, manias e defeitos dos outros. Eu, que sei que sou bem estressadinha que o diga, mas não faz sentido desabafar e expor o seu companheiro no meio de pessoas que nem colegas são.
Aos amigos, contamos como confidência, pedimos conselhos ou desabafamos. Mas a estranhos, qual o sentido? É pelo prazer de reclamar?
Acho que é daí que vem a fama das mulheres serem chatas e “reclamonas”.
Durante essa reunião, achei feio, me contive inúmeras vezes para não criar atrito expondo essa minha opinião. Confesso que para ser sociável, contei algumas coisas banais, já que não me faz bem falar mal de outra pessoa. Principalmente daquela pessoa com quem decidi viver junto e amo.
Afinal, o casamento acontece por opção, não é? Seria ótimo se todos tivéssemos apenas qualidades, mas não tem como separar as qualidades dos defeitos. E você também tem defeito, pense nisso.
Para encerrar, ainda tive que ouvir: “Leia ’50 tons’ lá você aprende que pode mudar qualquer homem”.
Oi? Eu não li e nem me interesso no momento, mas posso afirmar por experiência, que as pessoas só mudam quando querem. Não vai ser manipulação ou algum joguinho S&M que fará isso.
A cada dia que passa, acho que não sou desse mundo. Não me incluo em grupos, não penso igual aos demais. Chego a pensar que a anormal sou eu… mas prefiro ser assim.
O respeito anda de mãos dadas com o amor. rótulos femininos